Páginas Placebólicas

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Só amanhã


Ainda preciso de amanhã para esquecer você
Não é tão fácil assim...
Ainda preciso de amanhã pra esquecer
Mas eu continuo a correr
Mas eu continuo...

Estou pensando o quê eu deixei passar
E o quê me fez voltar...
São só aquelas palavras...
Ressoando em casa... Batendo nas paredes
Não há nada...

Tenho a manhã toda para esquecer...
Mas as paredes estão sujas
Minha pele está marcada
Meus olhos estão perdidos
Meu mundo desfigurado

Algumas coisas se apagaram nesse meio tempo
Acredito nessa manhã
Ainda acredito em mim
Tenho que sentar... Tomar meu café antes que esfrie...
Tenho toda a manhã para tomar meu café...

Amanhã pra esquecer
E a louça está suja
Minhas roupas espalhadas
Fotos rasgadas...
A porta não abre...

Preciso de amanhã... Preciso das manhãs pra viver
Viver para esquecer...
Esquecer que eu estive tão despercebido
Esquecer que devo esquecer...
Antes que eu esqueça de mim

Amanhã vai ser sempre um pouco novo...
Continuo a caminhar para amanhã
Só amanhã...
Só amanhã...




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Que possa ser

Cante minha canção... Faça nossa oração... Ame-me...
Nunca vou esquecer... Como eu encontrei você...
Nunca vou esquecer... Como descobrir você na verdade...
Nós fomos tudo num dia... Um nada pra sempre...

Aprendi a sua canção... Aprendi a rezar... Apenas sua oração... Você me amou no vazio do seu coração...
Mais a verdade é tão absurda... Tão libertina... Não posso apagar...
Amei-te num grande vazio de um dia... Permito minha cegueira...
No tempo mais louco da solidão...

Eu posso ver... Você sempre foi tudo o que eu pude imaginar...
Possamos por um caminho... Que criamos para dividir... A verdade e a mentira...
Talvez você seja aquela criança feliz... Que eu vi... Feliz com a vida que leva... Com suas brincadeiras sem sentido...

Há um sentido no que você está fazendo?
Há algo feito por nós sem razão para existir... Construímos o nada em cima de tudo que queríamos...
Assim visto... Só por nós... Na cegueira de nossas ações... Achamos que poderíamos nos enganar...
Preciso saber por que... Ainda vejo as mesmas coisas...
Ainda vejo você... E sua escuridão total... Seu caminho indestrutível... Sem fim...

E nossa casinha de papel... E nosso olhar... Nossos dias... Nosso... Só nosso...
Precisei de você... Precisei me enganar... Também não sou inocente...
Agora que o vento bateu a porta... Fechou as janelas... Até nossa chuva é tardia...
Tenho todas as cartas na mesa... Onde você as queria... Sempre...

Nunca dei pra ninguém o quê dei pra você...
Talvez... Você também... Nunca tenha dado para alguém... O quê deu pra mim...
Nunca quis alguém... Como quis você...

Talvez você encontre um dia... Tudo aquilo que procuras...
Talvez você encontre em alguém... Tudo aquilo que procurou em mim...
Talvez seja isso... Apenas uma procura infinita... Por sentimentos e seus significados...
Por prazeres e a vida... Por prazeres e o tempo que tudo dura... A busca por algo além... Que possa ser infinito...



Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Hoje sou o fruto de um pensamento tardio na minha própria cabeça... Prefiro que as coisas se revelem com o tempo... Sem romper barreiras, quebrar essência...